quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Igreja velha de Joane antes de ser destruída.

Igreja velha de Joane antes de 11 de Março de 1978
Na madrugada de 11 de Março de 1978, quando as máquinas avançaram sobre as paredes da igreja paroquial, reduzindo-a a um amontoado de destroços e pó, um coro de protestos e de vozes indignadas soou por todo o país. Ninguém compreendia, e muito menos aceitava, que fosse possível destruir uma igreja românica, cuja antiguidade ultrapassava a da própria nacionalidade portuguesa, e que dois frescos, classificados como imóveis de interesse público, fossem destruído e deitado ao lixo.
Localizados na nave norte por detrás do altar da Santíssima Trindade, tais pinturas surgia com a primitiva edificação ocorrida entre os séculos XI e XII.
A Igreja Velha de Joane era um templo constituído por duas naves, separadas por uma arcaria travada transversalmente na zona dos altares-mores por uma outra arcaria, e guarnecida com dependências anexas a nascente e a norte.
A igreja velha apresentava elementos arquitectónicos de características muito diversas, referentes a períodos diferentes e sinas de profundas alterações.
A primitiva igreja, seria uma só nave, com abside da qual à data da demolição não havia vestígios, correspondendo à nave norte.
Um templo simples, conventual ou paroquial, de planta basilical simples, com paredes de granito, cobertura em telha sobre estrutura de madeira, decoração reduzida.
A verdade é só uma; a bela velha igreja foi demolida e o que resta é uma torre que está a precisar de restauro e um jogo de culpas que rodopia em torno do poder eclesiástico.
Quem confiara poderes a essa comissão de cidadãos que ninguém elegeu e quem é que eles, consultaram antes de tomar a decisão?

A Torre da antiga Igreja. Uma sobrevivente que resiste de pé, lado a lado da Igreja nova.

1 comentário:

  1. Pelo menos tratavam bem a torre, limpando-a e pondo um pequeno jardim e grades à sua volta, assumindo-a como ponto de interesse turístico, mas nem isso...

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